Linha da Cultura

Photothings

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by

Juliana Venancio de Oliveira
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A exposição é o resultado de ensaios fotográficos de 20 artistas selecionados no 3º Festival Photothings. Desde 2021, o Festival busca encontrar novos públicos além daquele já instalado no sistema da arte brasileira. Procurando novos nichos e grupos, o festival ampliou a escuta de novas vozes e produções artísticas, permitindo que outras falas sejam ouvidas.

Com a proposta de estimular a produção fotográfica nacional, o FESTIVAL PHOTOTHINGS é dedicado aos artistas visuais que tem a fotografia como suporte para o seu trabalho. Seu principal objetivo é estimular a produção fotográfica e oferecer a oportunidade para que novas produções artísticas possam aparecer e contribuir para a cultura brasileira. Sem um tema curatorial pré-estabelecido, a intenção é delinear um panorama plural da fotografia autoral produzida por uma geração de artistas pouco conhecidos neste segmento, causada pela ausência de oportunidades de acesso ao mercado, restrito nas mãos de poucas galerias e feiras de arte.

Os ensaios fotográficos de 20 artistas selecionados no 3º Festival Photothings, entre os mais de 400 inscritos, poderão ser vistos na estação Paraíso do Metrô de São Paulo a partir do dia 17 de agosto. Todas as atividades que envolvem o festival são gratuitas.

Entre os 20 artistas que vão expor no Metrô, 5 foram contemplados com a premiação de um fotolivro autoral.

Vale destacar que desde 2021, buscamos encontrar novos públicos, indo além daquele público já instalado no sistema da arte brasileira. Procuramos novos nichos e grupos minoritários, exatamente para escutar novas vozes, conhecer outras produções artísticas e permitir que outras falas sejam ouvidas.

Cumbe é um recorte bem específico a partir de um acervo que venho produzindo desde 1999 sobre o Maracatu Rural Cambinda Brasileira, da Zona da Mata de Pernambuco. No decorrer desse tempo os suportes (analógico e digital), se misturam enriquecendo uma gama de texturas. O ensaio representa a “continuidade”, já que retrata as Sambadas do Maracatu. Momento onde as tradições são transmitidas de geração em geração. Normalmente o Maracatu Rural só é conhecido pelo brilho e cores do apogeu dos dias de carnaval, mas raramente as imagens que circulam mostram como tudo se estrutura. São nas Sambadas que as crianças e os jovens brincam de Caboclos, Reamares, Baianas, Reis e Rainhas, observando os mais velhos, que no ato de vivenciar o momento, ao mesmo tempo transmitem seu legado. Nessa observação/imitação aprendem as “manobras” ritualísticas que o Maracatu executa no terreiro e quando está se apresentando pelo mundo a fora. Também adquirem o conhecimento sobre os versos das loas e os improvisos dos Mestres. Do fim da tarde ao amanhecer do dia o ritmo frenético conduz o samba que muitas vezes lembra a capoeira com suas rasteiras e ginga. As baianas rodam, a bebida rola solta e a poesia ecoa. Assim a tradição se mantém e é renovada…
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Laje – Espaço de Resistência Foto de AF Rodrigues
retrato de seu Bene. capitão da congada, em ouro verde, Goiás, Brasil. Sua casa, com o retrato de seus pais.

Realização: Festival Photothings e Linha da Cultura