A exposição busca conscientizar o público sobre o impacto que alternativas ecológicas podem causar na nossa sociedade a partir da intervenção visual da obra “Inter-relação entre o Campo e a Cidade”, de Aldemir Martins e do registro visual das iniciativas do Metrô de São Paulo para desenvolver ainda mais alternativas ecológicas para a operação do transporte que já apresenta a menor emissão de gases poluentes para nossa atmosfera.
No Metrô, a mobilidade é pensada muito além do que transportar pessoas de um ponto ao outro. É, também, conectar pessoas e lugares por meio de uma rede sustentável, gerando qualidade de vida.
A operação do Metrô reduz a emissão de CO , de Gases de Efeito Estufa – GEE, que afetam o clima do planeta e de poluentes locais (monóxido de carbono, compostos orgânicos voláteis, aldeídos, óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre e material particulado) responsáveis pela poluição atmosférica das cidades.
Já na concepção de novas linhas, agimos para mitigar impactos de resíduos, efluentes, manejo arbóreo, áreas contaminadas, ruído, vibração e outros, gerados durante as obras.
Essa exposição traz, com dados atualizados, as imagens de Márcia Alves (fotógrafa do Metrô), que ilustram projetos do Metrô Sustentável como a geração de energia renovável, a requalificação urbana, a gestão de água, a redução das ilhas de calor, o aumento da biodiversidade e das emissões de gases poluentes.
Projeto Corredor Verde
Uma inovação no tratamento de áreas livres que se integra ao sistema de áreas verdes e à rede cicloviária da capital paulista. Esse conjunto significou um aumento da qualidade ambiental dos bairros e é um importante elemento de requalificação urbana e recurso de educação ambiental. Ainda, incentivou a conscientização sobre espécies nativas e comunicação visual, que evidenciou os requisitos ambientais adotados no projeto.
Esses requisitos incluem as soluções paisagísticas criadas, conciliando os sistemas hídricos e viários, que simulam processos naturais para a gestão das águas derivadas dos escoamentos urbanos. Entre estas soluções estão os jardins de chuva, canteiros pluviais, bacias de infiltração vegetada, sistemas wetlands* etc., que promovem renovação urbana, qualidade ambiental e mobilidade, alinhando os projetos de infraestrutura urbana realizados pelo Metrô aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Ações de Educação Ambiental nas Estações
O Metrô contribuiu com a conscientização dos passageiros quanto à importância da logística reversa de eletroeletrônicos por meio de parcerias.
Durante o Mês do Meio Ambiente, celebrado em junho, foram instalados coletores de descarte de eletroeletrônicos em algumas estações, tendo sido coletados cerca de 600kg de material. Em setembro de 2021, o Metrô contou com a parceria da Virada Sustentável para a implantação de coletores de descarte de eletroeletrônicos em 10 estações, tendo como resultado a coleta de 630kg de material.
Energia e Emissões
O consumo e os custos de aquisição de energia elétrica para o sistema metroviário são aspectos estratégicos para a gestão do sistema pelos impactos significativos na dimensão ambiental e econômico-financeira.
A energia para a operação do sistema representou mais de 95% do total consumido pela Companhia.
Em 2021, o consumo total de energia das linhas operadas pelo Metrô manteve a tendência de queda observada desde 2019. As iniciativas em eficiência energética na operação reforçam o compromisso da empresa com o equilíbrio financeiro e a redução do impacto ambiental.
O consumo de energia de tração por carro.km caiu de 3,41 kWh/ carro.km em 2015 para 2,87 em 2021.
Sistema de captação de água da chuva e de lavagem com capacidade de 40.000 litros com reaproveitamento de 70% da água.
Água
O consumo de água potável no Metrô de São Paulo vem diminuindo desde 2014, como consequência das melhorias de equipamentos e processos implementados. Os fatores que
determinaram essa redução foram o regime de teletrabalho para os colaboradores administrativos, a redução de demanda de passageiros nas linhas operacionais, além dos ajustes nos processos de trabalho. O consumo de água potável e não potável passou a fazer parte, em 2021, dos indicadores definidos pelo Metrô.
Instalados a partir de 2011 nos pátios, os novos modelos de máquinas de lavar trens vieram para ficar. Alinhados às questões de sustentabilidade, trouxeram eficiência e economia de água ao processo de lavagem dos trens. Atualmente o Metrô tem esse sistema instalado nos Pátios Jabaquara, Itaquera, Tamanduateí e Oratório.
As máquinas funcionam anexas a estações de tratamento de água. O objetivo dessas estações é realizar a limpeza da água usada na lavagem dos trens e reutilizá-la para lavar mais trens.
Assim, toda a água proveniente desse processo passa por um sistema de tratamento. A água
limpa é armazenada e reutilizada. Isso contribui para a diminuição do uso de água potável
distribuída pela operadora de saneamento. A estação também faz a captação da água da
chuva, com capacidade de armazenamento de até 40 mil litros de água.
Com esse sistema, é possível reaproveitar cerca de 70% de água, podendo lavar até 15 trens/dia.
Realização: Linha da Cultura