Ativação “A roda”, de Emanoel Araujo

O Metrô de São Paulo e a Associação Museu Afro Brasil promovem uma ativação da obra “A Roda”, do artista Emanoel Araujo, parte integrante do Acervo de Arte Contemporânea do Metrô. Instalada no mezanino da Estação Palmeiras-Barra Funda, a obra receberá uma placa informativa e uma iluminação artística em homenagem a Emanoel, que completaria 83 anos amanhã, dia 15.11, dentro das ações para o mês da Consciência Negra.

Na obra, as cores projetadas: verde (América – Brasil), azul (Oceano Atlântico) e terracota (África) compõem a logomarca do Museu Afro Brasil.

A escultura em aço de dimensões de 3 metros de altura por 9 metros de largura está localizada no mezanino superior Estação Palmeiras-Barra Funda, Linha 3-Vermelha.

A obra “A Roda” se trata de uma escultura de cor branca, construída com chapas de aço carbono dobradas e soldadas, que formam um conjunto que transmite a nítida ideia de algo que gira ao redor de um eixo, de movimento circular. Apesar de suas quase duas toneladas e meia, é uma escultura que parece leve aos olhos do passageiro do Metrô.

A escultura revela a abstração geométrica que masca uma fase significativa da obra de Emanoel Araujo. A escultura é organizada em três blocos circulares, ou três “tempos”, como o próprio Araujo a descreveu, compostos por elementos geométricos entrecortados e com dobraduras. Segundo o artista, sua inspiração para a obra veio de:

“(…)uma roda em movimento, cortada por fragmentos geométricos, para dar continuidade ao seu deslocamento. É o princípio natural de uma roda em movimento. Quem passa pela obra percebe o poder de uma forma que se desloca no espaço. Por isso, essa forma tem nos seus três tempos essa dinâmica”.

O movimento da composição se funde com o do Metrô, cujo fluxo e ritmo dos passantes que circulam pela estação Palmeiras-Barra Funda se funde ao fluxo incessante e característico da vida pulsante da cidade de São Paulo. Face a esse compasso acelerado, Araujo entendia a obra de arte como “um pouso de sensibilidade, em contraponto ao estresse diário de uma metrópole