A mostra conta com mais de 20 fotos e tem como foco o Metrô de São Paulo, para comemorar o Dia Mundial da Fotografia. Com a luz natural, a fotógrafa Márcia Alves utiliza o recurso do alto contraste: os claros e escuros, a fim de evidenciar contrapontos nos elementos da arquitetura ou detalhes das obras do acervo de arte contemporânea.

Quando representamos em uma imagem as linhas que conectam dois pontos, figuram no desenho as distâncias diversas que separam entre si os objetos representados. Essa representação conhecemos por perspectiva.

O aspecto desses objetos vistos de longe se mostra em um panorama repleto de informações visuais que nos indicam pontos de fuga, pontos de partida.

Márcia Alves, ao fotografar as linhas e distâncias dos trilhos do Metrô de São Paulo, encontra uma imensidão de possibilidades de registros: obras de expansão da malha metroviária dialogando com o entorno da cidade, o dia a dia corrido das pessoas nas estações, pátios de estacionamento e trens nas plataformas, obras de arte e jardins inusitados.

Ao se valer do uso da luz natural, a fotógrafa utiliza o recurso do claro-escuro, intensificando o contraste entre luz e sombra, a fim de evidenciar os elementos da arquitetura, os detalhes das obras do acervo de arte contemporânea, ou mesmo dramatizar uma cena meramente cotidiana. Segundo Márcia Alves “…a fotografia é um recorte da realidade, um olhar muito particular do objeto fotografado”.

Desde a sua fundação há 55 anos, o Metrô forma um acervo fotográfico e documental que registra parte da história da transformação da cidade e o dia a dia dos milhões de passageiros que se movem em busca dos seus desejos, lutas e destinos. Pessoas que buscam novas perspectivas recriando a sua esperança, buscando novos sentidos. As imagens presentes nessa mostra integram o acervo iconográfico do Metrô e estão sob a guarda da Biblioteca Metrô Neli Siqueira.

Realização: Márcia Alves e Linha da Cultura