Comemorando o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, o Metrô e o Arquivo Público do Estado de São Paulo-APESP estabeleceram parceria para divulgar o Patrimônio Documental do Estado que está sob a guarda do APESP.
São mais de 25 milhões de documentos textuais, 2,7 milhões de fotografias, 45 mil volumes de livros, mais de 6 mil títulos de jornais, 2.300 títulos de revistas – são documentos produzidos por diferentes órgãos públicos e instituições privadas, no exercício de suas atividades, e que são prova e testemunho de diferentes momentos da história de São Paulo.
Cinco conjuntos documentais deste acervo são considerados patrimônio da humanidade pelo Programa Memória do Mundo da UNESCO.
O APESP é um dos maiores detentores do Patrimônio Documental do país e estará, nos próximos meses, compartilhando com os passageiros do Metrô parte do nosso acervo, que pode ser consultado gratuitamente na sede do Arquivo Público ou pela internet. Já são mais de 1 milhão de páginas de documentos digitalizados e disponíveis para consulta online.
Nesta exposição sobre o rio Tietê, começamos apresentando a Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, que realizou uma expedição, em 1905, com equipe multidisciplinar, para mapear os recursos hídricos do estado. O relatório técnico da Comissão faz parte do nosso acervo, assim como outros milhares de documentos que registram a atuação do poder público na gestão das águas.
O convite hoje, portanto, é para você embarcar em uma expedição pelos usos que fizemos, fazemos e faremos do principal rio que corta o estado, pelas formas de ocupação das suas margens e pela recuperação que é necessária para a sustentabilidade do rio, conhecido como “o mais velho dos paulistas”.
Exploração do Rio Tietê, 1905
Trajeto do rio Tietê já em seu trecho baixo, com destaques para a cachoeira do Macuco e o salto do Avanhandava, além da seção transversal do leito em dois momentos, com a medição de topografia e altura do nível da água.
Lazer e Esporte
Pescaria, natação, competição de remo, piquenique, o uso recreativo do Tietê reunia os paulistanos às margens do rio até meados do século 20. Nas proximidades da Ponte Grande (região da Ponte das Bandeiras), instalaram-se clubes de regatas, como o Espéria (1899), o Clube de Regatas Tietê (1907) e o Sport Clube Corinthians Paulista (1910).
Retificação e Canalização do rio Tietê
Retificar e canalizar o rio foi uma prática que teve início no começo do século 19, quando a cidade de São Paulo se expandia e ocupava as várzeas dos rios, e continuou no século20 para dar lugar ao plano de avenidas. Em outros trechos, no interior, o Tietê foi retificado para a instalação de usinas hidrelétricas e eclusas.
Abastecimento
O uso do rio Tietê para abastecimento de água para as cidades concorreu, desde o final do século 19, com a progressiva retirada das matas, a ocupação desordenada de suas várzeas no processo de expansão urbana e a utilização para a produção de energia elétrica.
Energia
Desde 1901 o rio recebeu em Parnaíba os “primeiros grandes geradores hidrelétricos do Brasil” daquela época, com capacidade para 2MW.
Fotos: Acervo Arquivo Público do Estado de São Paulo-APESP
Realização: Arquivo Público do Estado de São Paulo-APESP e Linha da Cultura