A mostra é resultado de um concurso de fotografia realizado em 2021. A intenção da exposição é provocar no espectador uma reflexão sobre como serão os anos após a pandemia que abalou o mundo e propõe o questionamento: o que será lembrado de 2021 daqui a um século, em 2121? As imagens também fazem parte do livro “Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show”, 2021, que está em sua 7ª edição.
Este planeta em ebulição vem sendo registrado pelo olhar apurado de fotógrafos que captam, não importa o lugar e o foco, a essência do nosso tempo. Os olhos de Eduardo Bitencourt não hesitaram diante de uma imagem que reflete a efervescência de um século que está apenas começando. O registro dele, Natureza em Fúria, ilustra a capa do livro da 7ª edição do Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show, e é vencedor também da estatueta Melhor Foto Digital.
Quantos de nós não renasceram em 2021? Quantos perderam parte de si? Quantos se foram? Quantos buscam um sentido para tudo isso? Ainda assim, a vida segue… Matrix, o clique de Eliana Botan, levou a estatueta da categoria Street. Sombra, luz, formas e cores ecoam na solidão do indefinido. Será um homem ou um menino?
E então somos presenteados com a imensidão azul sob Vila de Pescadores, trabalho de Márcia Machetto, vencedor da estatueta Astrofotografia, sugerindo infinitas possibilidades, chegando aos nossos olhos como um alento.
A delicadeza de O Repouso da Abelha, registro de Lucas Mello, de apenas 17 anos, ganhador da estatueta na categoria Natureza e do prêmio Neo, é um flagra do exato momento de uma cena corriqueira na natureza, mas quase invisível aos nossos olhos, que insistem em buscar o extraordinário.
A fotografia é sensibilidade e resiliência, ela se adapta às intempéries, às mudanças ou aos infortúnios. A fotografia é também sobre esperança, sempre foi. Muito ao nosso redor é ainda sobre esperança. Nós podemos ser e fazer melhor!
Márcia Neri
Curadora
Realização: Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show e Linha da Cultura
